Quatro violinos
nas mãos de quatro futuros violinistas
Gabriel,
Josiel, Andressa e Clóvis: quatro pares de olhos atentos às orientações, às
quatro cordas do violino e ao mesmo tempo curiosos para com o novo. Foi
impossível para os quatro estudantes da rede pública de ensino conter o sorriso
ao terem sua primeira aula de violino na manhã desta segunda-feira, em
Frederico Westphalen.
Vindos
dos bairros Jardim Primavera, São Francisco de Paula, São José e da Pedreira, os
pequenos fazem parte de um projeto desenvolvido pela Central Única das Favelas
(Cufa) em parceria com o Ministério Público e a empresa Arbaza Alimentos, o
qual tem como objetivo fazer da música um instrumento de paz e de interação das
crianças junto a sua comunidade, além de visar à formação de uma “orquestra de
cordas”, futuramente.
As
aulas ocorrem semanalmente e são ministradas pela Irmã M. Olindina Margoti, que
possui licenciatura em Música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).A
expectativa, conforme a professora, é de que até o final do ano eles possam
fazer apresentações em público.
De
acordo com o coordenador da Cufa-FW, Roberto Torres Junior, a ideia é fazer das
quatro crianças uma referência para cada bairro no que diz respeito ao violino.
“Elas irão receber o instrumento e praticar três dias por semana, um com a
professora e dois em suas próprias escolas, dentro das atividades do programa
Mais Educação”, explica Roberto.
O
presidente da Arbaza, Leonir Balestreri, ressaltou durante a aula inaugural que
a tarefa dos quatro pequenos futuros violinistas será repassar o que aprenderam
a outras crianças de suas comunidades. “Meu pai sempre dizia: ‘Não damos o
peixe, mas sim a varinha para pescar’. Esta é uma oportunidade multiplicadora,
em que vocês poderão passar seus conhecimentos a outras crianças”, falou Leonir,
se dirigindo aos alunos. Ele ainda enfatizou que de todas as parcerias da
Arbaza, a mais gratificante é a com a Cufa, pois é a que mais mostra
resultados.
Já
o promotor de Justiça Fábio Lusa Marcon realçou que as quatro crianças serão
exemplos em suas comunidades: “No bairro, na rua, vocês serão exemplos. Vocês
vão poder mudar a vida de algumas pessoas”.
Cristiane Luza/AscomCufa-FW
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